Chuvas de meteoros em Dezembro
Em dezembro, manifestam-se duas interessantes chuvas de meteoros: uma austral e uma boreal.
a) a austral é Puppídea-Velídea (ou Púppida-Vélida), uma complexa e pouco estudada chuva de meteoros. Até pouco tempo era tratada como uma chuva de radiante único (ponto do céu de onde parecem provir os meteoros). Atualmente, vários observadores informam a presença de um radiante duplo, o que a torna interessante para a observação. Na primeira quinzena de Dezembro manifesta-se o radiante austral, posicionado em: Ascensão Reta = 9h 00min e Declinação = -48°. O período de visibilidade dos meteoros se estende de 27 de novembro a 9 de janeiro, com um máximo esperado para o dia 9 de dezembro (taxa horária de 15 meteoros). Na segunda quinzena de Dezembro manifesta-se o radiante boreal, posicionado em: Ascensão Reta = 9h 20min e Declinação = -45°. O período de visibilidade dos meteoros também se estende de 27 de Novembro a 9 de Janeiro, mas com um máximo esperado para o dia 25 de Dezembro (taxa horária de 15 meteoros). Em Dezembro, a área do radiante é vista por volta das 20h 30min a sudeste, atingindo a região alta do céu, para os lados do sul, às 3h e permanece acima do horizonte até o amanhecer.
b) a boreal é a Geminídea, uma chuva de alta intensidade, boa para os astrofotógrafos. Visualmente, o radiante encontra-se na posição: Ascensão Reta = 07h 28min e Declinação = +33°. O período normal de ocorrência dos meteoros é de 7 a 17 de dezembro, com um máximo na madrugada de 13 para 14 de Dezembro, quando são esperadas taxas em torno dos 50 meteoros por hora. Os geminídeos são meteoros amarelos, com duração média de 1,5s e com magnitudes aparentes em torno de +2,5. Contudo, apresentam um grande número de meteoros brilhantes, muitos dos quais longos e rápidos; freqüentemente são observados bólidos. Em meados de Dezembro, a área do radiante pode ser vista a partir das 21h 30min a nordeste. Sua observação pode se estender até o amanhecer. Em torno da 1h 30min, encontra-se alta, acima do horizonte norte, cruzando o meridiano celeste.
resumo extraído de "Chuvas de Meteoros - Guia Prático de Observação" de autoria de Paulo G. Varella e Regina A. Atulim
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